segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Toma e Koin - uma missão

Como não podemos perder oportunidades, resolvemos esticar o final de semana e viajar para Toma. Nosso amigo Fidèle nos convidou para assistirmos o festival de máscaras de Nimina, que começaria na semana passada e foi adiado para este final de semana. Como Nimina é um pequeno vilarejo e fica muito perto de Toma (15 Km) nos hospedamos lá e convidamos a Marília pra ir com a gente. Mas dessa vez, aproveitando também que estaríamos por lá, fomos visitar um curandeiro, Jean Pierre, amigo do Fidéle, que mora em Koin (8 Km de Toma).

O plano era chegar na hora do almoço e visitá-lo à tarde e na segunda-feira ir para Nimina assistir o segundo dia de saídas das máscaras (que segundo dizem é o melhor dia) e de lá voltar para Dédougou; chegaríamos no início da tarde.

Fomos de ônibus de Ouaga para Toma, batizando a Marília nessa aventura. A viagem foi tranquila, triste foi que quase chegando, perto de um vilarejo, vimos uma criança sendo socorrida na beira da estrada, provavelmente morta atropelada.

Chegando em Toma nos damos conta, mais uma vez, que por aqui não adianta muito planejar o seu dia. Fidèle não estava, tinha ido num outro vilarejo para um funeral, mas seu filho Bernard nos acompanhou e depois de almoçar passeamos um pouco pela cidade. Dessa vez ficamos num hotel porque no dia anterior, sábado dia 28, teve o funeral anual, uma grande festa que reune os familiares daqueles que faleceram neste ano e a casa da família Ki-Zerbo, onde ficamos da outra vez, estava cheia. O Fidèle chegou no final da tarde, meio alegre de dolô, e fomos com a Marília na casa dessa mesma família (Ki-Zerbo) para tomar o dolô da Dona Josephine. Dessa vez estava conosco seu filho Alphonse, padre, que nos acolheu na sua casa na última vez.

Segunda-feira então retomamos o plano. Fomos cedo para a casa do Jean Pierre em Koin, que nos acolheu gentilmente e mandou preparar um frango pra gente. Bem, isso demorou, também tinham outras pessoas lá para serem atendidas. Ele trata as doenças com plantas medicinais e, por se tratar de um líder animista, não é só o aspecto físico que ele “vê”. Fomos primeiro nós dois e depois a Marília, sempre com o Fidèle traduzindo a conversa. Ele nos atende numa casinha cheia de fetiches e a conversa é bem tranquila, sentimos uma energia boa e a experiência foi legal... inesquecível. Depois que ele nos atendeu, almoçamos o de sorgô vermelho, molho de baobá e o frango que ele mandou preparar. Fomos embora, os três, com algumas missões para cumprir!

Nenhum comentário:

Postar um comentário