quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um ano depois...

Pois é! Já faz um ano que chegamos em Ouaga... que descobrimos o aloco, o riz gras, os táxis verdes... sem ter a mais mínima ideia do que viria pela frente! Divertido!

De volta seis meses na França, ainda não somos capazes de "medir" tudo o que aprendemos e o que mudou em nossas vidas. Acho que não tem tempo para isso, só momentos vividos e que ainda vamos viver que nos remetem a um segundinho muito intenso do que foi viver como "tubabu".

Mantemos contato com alguns amigos, trocamos alguns emails e às vezes telefonamos. O filho do Laurent (nosso professor de Dioula) nasceu bem e com saúde. A companhia de teatro do Armand (CTS) ganhou um festival e se apresentaram na capital. Eles também ajudaram o Bakary a fazer "dias de portas abertas" no cybercafé no Natal. O Fidèle recebeu os livros doados pela Embaixada dos Estados Unidos para a associação cultural que ele montou quando estávamos de saída, através da Nicole. O Youl e a Rosanne se casaram, parece que a festa mobilizou Dédougou inteira!! Francine e família estão de mudança para outra cidade porque o marido dela foi promovido. Em fevereiro o Soumabéré veio para Paris para o Salão da Agricultura e fizemos uma caipirinha em casa com ele, o Kabire (jornalista que veio junto) e o Pierre. Ah! O Pierre continua fazendo indas e vindas entre Burkina, Mali, Ghana, Togo, Benin para os projetos da FARM. Vive mais lá do que cá, junto com a Anne. E, finalmente, os amigos vizinhos do Ghana deram show nessa Copa do Mundo!!!

Enfim, vida segue, coisas boas ficam ...

Ju & Eric
Montrouge - França

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ju se despedindo

é... partida de novo. Até nessa hora a sensação é estranha, de altos e baixos. Estamos deixando a África, onde vivemos os 6 meses mais "doidos" de nossas vidas... poderia dizer assim. Em alguns momentos eu daria tudo para ir embora, em outros, eu poderia viver o resto da minha vida aqui.

Tudo novo, todas as nossas referências mudam... África... essa relação de amor e ódio... onde chorei tanto, onde me emocionei tanto, onde aprendi muito... espero guardar tudo isso para sempre!

O saldo é 110% positivo, gostei muito de ter vindo com o Eric, de ver o seu trabalho se desenvolver, de ver como ele foi conquistando seu espaço com coragem e estabelecendo relações com os agricultores. Estou orgulhosa! Feliz, principalmente, de ter amadurecido tanto o que estamos construindo juntos.

Conheci pessoas incríveis aqui, que passei a admirar e que torço muito para que tenham uma vida melhor, pelo menos, que consigam realizar com saúde e sucesso o que pretendem ainda... tornando esse mundo melhor.

Gostei muito de ter dado aula, de ter brincado com as crianças, de ter ajudado as irmãs de vez em quando. Isso me ajudou muito a aliviar um pouco o que vemos e não podemos, sozinhos, fazer muita coisa. Gostei de ter tido a chance de contato com pessoas de culturas, hábitos, pensamento... tudo tão diferente de mim e do que tinha visto até então. São muitas informações, é complexo e contraditório... levamos uma vida inteira para entender certas coisas.

Foram 6 meses de dias seguidos de sol, mesmo na época das chuvas. Vou sentir falta da roupa seca no quintal de casa. Vou sentir muita falta do canto dos galos e dos pássaros no amanhecer, das cabras ao longo do dia e do entardecer de Dédougou. Ah! Sem contar das noites estreladas e das luas que iluminam com força as cours onde tudo acontece.

Sou muito grata a todas as pessoas que cruzaram o nosso caminho, ao carinho e alegria com que fomos sempre tratados e recebidos pelos amigos. Todos eles não entendem o que escrevo aqui, mas não deixa de ser um reconhecimento... pelo menos aqui registrado.

A despedida

Chegou o dia! Aperta daqui, empurra dali e acabamos de conseguir fechar as malas! Estamos nos despedindo do Burkina Faso, dessa vez... nunca se sabe né!?

As últimas semanas foram muito agitadas para terminarmos o nosso trabalho, dar tchau para todo mundo e fazer mais uma mudança. Apesar do corre-corre, tudo deu certo. Conseguimos revender quase tudo que tivemos que comprar quando chegamos. Fizemos uma lista que rolou em vários lugares e também preços por pacotes e muito atraentes para conseguirmos vender tudo rápido. Os burkinabeses que não são nada bobos, correram para aproveitar essa pechincha! No final foi mais fácil do que pensamos e o nosso amigo Bakary, que comprou a cama, foi gente boa e deixou o colchão com a gente para passarmos a última noite em casa!

Como sempre é por aqui, programamos tudo e as coisas saem um pouco diferentes pois na última hora passa gente em casa e no dia em que saímos de Dédougou (sexta-feira passada), às 6 horas da manhã, já tinha começado o movimento! Era o Dramane (nosso amiguinho) para nos dar um presente. Ele veio cedo porque a aula dele começa às 7h! O presente é uma canoa esculpida em madeira que o irmão dele fez.

As despedidas foram muito emocionantes! Em casa recebemos vários amigos. Nossos vizinhos Robert e Odete (filha do Fidèle) nos deram de lembrança uma bebida bem típica, tipo uma água de côco tirada diretamente do caule das palmeiras, que tem na região de Banfora. Também nos presentearam com um lindo tecido tradicional.

A despedida do nosso amigo Fidèle também foi muito emocionante, ele aproveitou para nos dar bençãos para o nosso casamento e, principalmente, nos deu conselhos para manter a harmonia entre nós, dando especial importância para a compreensão. Nos despedimos com um forte abraço!

Na véspera da nossa partida, nos despedimos da Francine e de outros amigos. Passamos nos dois mercadinhos de Dédougou para resolver últimos detalhes e ganhamos de presente uma coca-cola de um e um biscoito de outro. Passamos também na missão das Irmãs da Madre Tereza e ganhamos de lembrança um porta-retrato com uma foto dela. A noite, jantamos com a equipe da UGCPA no maquis do Tierry. Dele ganhamos camisetas de lembrança da La Rotonde. Vamos fazer propaganda de Dédougou nas baladas pelo Brasil afora! E o presidente da União pediu a palavra e falou em nome da equipe nos dando votos de boa viagem e agradecendo o bom séjour que tivemos entre eles.

O pessoal veio buscar as coisas em casa com charretes puxadas por asnos. No dia da partida, o pessoal da UGCPA veio nos buscar de carro, o que nos ajudou muito! Saímos então de Dédougou no dia 18 de dezembro de manhã e vários amigos foram se despedir da gente na "rodoviária". O Armand nos deixou de lembrança da troupe duas dabas e tecidos tradicionais que eles pintaram com as nossas iniciais. Ah! O Amado, de um dos mercadinhos, também nos deixou uma caixa embrulhada para presente, com laço e tudo, com uma bolsa pra Ju e camisas pra gente... dentro de uma caixinha de isopor. Gostamos muito de todas as lembranças!

Enfim, ônibus pronto e lá fomos nós! Passamos esses últimos dias em Ouagadougou resolvendo pequenas coisas, nos despedindo dos brasileiros (Marília, Leila e Daniel) e refazendo as malas! Agora estamos quase prontos e passamos por aqui para deixar um último recadinho escrito em terras burkinabeses!

Obrigado a todos vocês que seguiram essa nossa aventura! teremos a ocasião de conversar ao vivo sobre isso tudo em breve, pois na quarta embarcamos para o Brasil! Afinal, o que pudemos escrever aqui é só uma pontinha de tudo o que vivemos nesses seis meses!

sábado, 12 de dezembro de 2009

E as despedidas começam

Semana passada o Pierre deixou Dédougou, agora ele vai morar em Ouagadougou, melhor, vai ficar direto lá, pois ele já tinha a casa dele com a Anne. O Pierre veio para o Burkina Faso fazer um estudo sobre impacto ambiental para a FARM (Fundação onde o Eric trabalha). Mas em outubro ele foi contratado, por tempo indeterminado, para ficar por aqui e coordenar um dos projetos da fundação (Projeto Vivrier). Esse projeto acontece não só aqui no Burkina mas também no Mali, Gana, Benin... isto é, o Pierre vai viajar bastante pela África do Oeste. Na semana passada também desembarcaram aqui o diretor da FARM (Bernard Bachelier) e diretor adjunto (Billy) para visitas oficiais e apresentações do estudo que o Pierre fez.

Bem, foi tão corrido que quando vimos... já tinha acontecido... as coisas estão em andamento... o tempo voando! Os amigos já tocam no assunto, os prazos chegam ao fim e a casa está aos poucos ficando mais vazia. Hora de levantar acampamento... de novo!

Nesta quinta-feira recebemos a visita do nosso professor de Dioula, Laurent, com a sua esposa, que está grávida, mais suas três filhas. Eles vieram pra gente conversar com mais calma antes da partida. Ultimamente não estávamos mais tendo aulas porque, além dos problemas de saúde que eles tiveram, Eric e Pierre não pararam em casa. Mas tivemos um contato muito amigável e ficamos contentes em ter tido esse momento com eles. Não tínhamos preparado nada de especial, mas a esposa do Laurent chegou aqui com uma panela de feijão verde com carne e outra com uma espécie de canjica (acho que não tem nada parecido no Brasil). Colocamos um desenho animado para as crianças assistirem. No final, o Laurent pediu para fazermos uma oração, com todos juntos. Ele fez uma oração muito bonita, agradecendo a Deus pela nossa amizade, nosso apoio e pedindo pela nossa saúde e proteção, nossa e da nossa família no Brasil. Rezamos juntos um Pai Nosso, cada um na sua língua e eles terminaram cantando pra gente... e eu terminei chorando!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Festival de Máscaras em Nimina

Saindo de Koin passamos por Toma para pegar nossas malas, sem ter muita certeza de que poderíamos voltar para casa ainda hoje, porque não sabíamos que horas as máscaras iam sair, só sabíamos que era de manhã e no final da tarde. Mas deu tudo certo!

Esse festival de máscaras acontece uma vez por ano, um ano é ano da mulher e dura 4 dias e o ano seguinte, é ano do homem e dura 3 dias. O número 4 simboliza a mulher por causa dos pequenos e grandes lábios vaginais e o número 3 representa o homem, dois testículos e o pênis. 2009 é o ano da mulher, então o festival dura 4 dias. As máscaras são feitas pelos escultores e durante o festival elas ficam na casa dos “portadores”, ambos são pessoas que tem esses papéis sociais na família. As máscaras são seres da floresta, tem a máscara mãe e as dos animais (hiena, elefante, búfalo, crocodilo, gazela, calao, cobra, etc) e elas vêm da floresta para o vilarejo, onde todos estão em círculo esperando para assistir a dança. Essa festa é então puramente animista, e embora muitos hoje sejam muçulmanos, protestantes ou católicos todos participam e se envolvem.

Chegamos então por volta das 16h30 em Nimina. Fidèle e Marília numa moto e nós dois na nossa. O vilarejo fica meio afastado e quando chegamos e paramos a moto, TODAS as crianças que estavam já em roda aguardando as máscaras chegarem, junto com o restante do povo, nos cercaram. Fomos então levados pelo Fidèle para conhecer o “chefe do vilarejo” e o “chefe dos costumes” sentados num tapete do outro lado da rua, separados do povo. Eles assistem à festa desse local, ficam ali sentados durante os 4 dias. Sentamos junto com eles e nos serviram o “dolô das máscaras”, feito especialmente para o festival.

Não esperamos muito e começou a correria, eram as máscaras chegando. Todos se organizaram em círculo para recebê-las. Elas vêm em fila e se sentam. Os músicos começam a cantar e o povo a bater palma, a primeira música é para a máscara mãe, para invocar os ancestrais. As máscaras respondem à invocação da música e vêm dançar. Depois da máscara mãe dançou o búfalo e depois a hiena. Essa primeira roda é rápida, é algo que vem aos poucos. São dias de preparação e depois de concentração até que todas elas se reúnem (podem chegar a 20). Depois de dançarem elas vão em direção ao monumento das máscaras que fica do outro lado da rua (do mesmo lado em que ficam os chefes), nesse momento as crianças saem correndo, desaparecem. As máscaras dançam ao redor do monumento e se despedem. Nessa última parte só participam as pessoas que organizam a festa, os ajudantes das máscaras e os músicos.

Foi rápido assim, mas é intenso. É uma energia boa e mística no ar...

Já estava anoitecendo quando acabou e mesmo não gostando muito da ideia de pegar a estrada, foi melhor ir para Dédougou do que voltar para Toma. A Marília então foi conosco para conhecer nosso canto, com a sua moto. Fidèle foi com o Eric e eu de carona no carro do Alphonse, que passou também para ver o festival. Sua mãe, Dona Josephine, é desse vilarejo e estava lá.

A viagem foi tranquila, só que o pneu do carro furou quase chegando em Dédougou. O Alphonse telefonou pedindo ajuda, mas Eric, Fidèle e Marília vinham atrás de moto e Eric e Fidèle entraram no vilarejo e pediram ajuda (por sorte paramos bem em frente de um) ... perdemos uns 40 min nessa mas chegamos todos bem, imundos, contentes e muito cansados!

Colocamos também um vídeo e fotos mostrando um pouco da festa!

Toma e Koin - uma missão

Como não podemos perder oportunidades, resolvemos esticar o final de semana e viajar para Toma. Nosso amigo Fidèle nos convidou para assistirmos o festival de máscaras de Nimina, que começaria na semana passada e foi adiado para este final de semana. Como Nimina é um pequeno vilarejo e fica muito perto de Toma (15 Km) nos hospedamos lá e convidamos a Marília pra ir com a gente. Mas dessa vez, aproveitando também que estaríamos por lá, fomos visitar um curandeiro, Jean Pierre, amigo do Fidéle, que mora em Koin (8 Km de Toma).

O plano era chegar na hora do almoço e visitá-lo à tarde e na segunda-feira ir para Nimina assistir o segundo dia de saídas das máscaras (que segundo dizem é o melhor dia) e de lá voltar para Dédougou; chegaríamos no início da tarde.

Fomos de ônibus de Ouaga para Toma, batizando a Marília nessa aventura. A viagem foi tranquila, triste foi que quase chegando, perto de um vilarejo, vimos uma criança sendo socorrida na beira da estrada, provavelmente morta atropelada.

Chegando em Toma nos damos conta, mais uma vez, que por aqui não adianta muito planejar o seu dia. Fidèle não estava, tinha ido num outro vilarejo para um funeral, mas seu filho Bernard nos acompanhou e depois de almoçar passeamos um pouco pela cidade. Dessa vez ficamos num hotel porque no dia anterior, sábado dia 28, teve o funeral anual, uma grande festa que reune os familiares daqueles que faleceram neste ano e a casa da família Ki-Zerbo, onde ficamos da outra vez, estava cheia. O Fidèle chegou no final da tarde, meio alegre de dolô, e fomos com a Marília na casa dessa mesma família (Ki-Zerbo) para tomar o dolô da Dona Josephine. Dessa vez estava conosco seu filho Alphonse, padre, que nos acolheu na sua casa na última vez.

Segunda-feira então retomamos o plano. Fomos cedo para a casa do Jean Pierre em Koin, que nos acolheu gentilmente e mandou preparar um frango pra gente. Bem, isso demorou, também tinham outras pessoas lá para serem atendidas. Ele trata as doenças com plantas medicinais e, por se tratar de um líder animista, não é só o aspecto físico que ele “vê”. Fomos primeiro nós dois e depois a Marília, sempre com o Fidèle traduzindo a conversa. Ele nos atende numa casinha cheia de fetiches e a conversa é bem tranquila, sentimos uma energia boa e a experiência foi legal... inesquecível. Depois que ele nos atendeu, almoçamos o de sorgô vermelho, molho de baobá e o frango que ele mandou preparar. Fomos embora, os três, com algumas missões para cumprir!

sábado, 28 de novembro de 2009

Aniversário da Ju com os elefantes

Aproveitamos que estávamos na capital para anteciparmos o final de semana, comemorar meu aniversário (dia 28) e curtir um pouquinho o lado turístico daqui antes de ir embora... falta pouco! Fomos para Nazinga com a Marília e a Marine (uma francesa de férias aqui, irmã do Jerôme que mora com a Marília e que trabalha com a Anne). Alugamos um 4X4 e saímos de Ouaga por volta das 13h em direção a Reserva de Nazinga. Esta reserva fica no sul de Burkina Faso, a cidade mais próxima se chama Pô a 145 Km de Ouaga. A reserva foi criada em 1979 por um canadense com o objetivo de proteger a fauna e manter o equilíbrio ecológico local, hoje é um espaço protegido também pelo governo burkinabês e muitos estudos são feitos na área. São 94.000 hectares em plena savana, a chamada Floresta de Nazinga, onde mais de 20.000 grandes mamíferos vivem livremente. Isso inclui todas as espécies presentes no país, com exceção dos leões que não estão mais nessa área.

Foi bem mais tranquilo viajar de carro ! Fomos curtindo a paisagem, que depois de Pô mudou um pouco, afinal estávamos entrando no “País dos Gourounsi”, etnia predominante local. Ainda na estrada principal entre Ouaga e Pô, Eric estava meio dormindo no carro e de repente viu pela janela “ih, um elefante”! Foi um susto!!!

Chegamos na entrada da reserva por volta das 17h, pagamos todas as taxas e iupiii! Mais 35 Km até chegar no acampamento! Pedimos o Djibril, nosso motorista, se poderíamos subir no teto para ver melhor a paisagem! Doeu o bumbum, mas adoramos! Logo nas primeiras horas vimos uma família de elefantes e pegamos um pôr-de-sol lindo! Eles desligam o gerador da reserva cedo (às 22h) e como não é muito aconselhável ficar perambulando à noite por causa das hienas, fomos dormir cedo. Fez muito frio mas o luar e silêncio da floresta nos embalou...

Acordamos às 6h, no dia 28, meu niver, empolgadíssimos para explorar a savana africana! O nascer-do-sol foi lindo, na beira do lago, tomando café da manhã, ouvindo os pássaros cantando e até um “bambi” que passou pulando! Subimos então no 4X4, nós 4 e o guia, no teto para não perder nada! O auge do passeio foi quando encontramos uma família de elefantes, bem perto da trilha por onde passamos. A mamãe ficou brava e veio botar a gente pra correr! O engraçado foi que o motorista ficou com mais medo do que a gente e correu mais do que precisava... foi muito legal (vejam o vídeo abaixo)!!!

Vimos então elefantes, famílias de elefantes... os bebês são fofos demais! Vimos famílias de “bambis” igual no desenho, malhadinhos; de alces e de javalis que para nós é o “pumba” (personagem do filme do Rei Leão). Também vimos diferentes espécies de antílopes: a palanca (Hippotragus), a palanca-vermelha (Hippotragus equinus), o cob-comum (Kobus kob) e o bauala ou gazela-pintada (Tragelaphus scriptus). Vimos um babuíno comendo tranquilamente numa árvore e muitos muitos pássaros diferentes e coloridos, um mais lindo do que o outro!
Foi show!

Tivemos que voltar para Ouaga no final da manhã porque Eric e Marília tinham compromisso, mas ficamos todos felizes com o nosso passeio! Passamos num maquis com a Anne, a Marine, o Jerôme e a Leila e no final da tarde assistimos uma peça de teatro no CCF. E, ainda, nosso amigo Jacques (agora aposentado mas que trabalha com o Eric na Fundação) chegou em Burkina Faso para uma semana de missão para um novo projeto... carinhosamente lembrou do meu aniversário e além de um presentinho nos deu um pedação de queijo comté!!! Fechando o dia, quase às 2h da manhã, mamãe, papai e Rapha cantaram parabéns e assopraram velhinha pra mim pelo Skype! Adorei e estou com vontade desse bolo até agora! Enfim, bem diferente esse meu dia!

... na véspera do nosso passeio, na quinta-feira à noite, a Claire, o Pierre e a Anne fizeram um bolinho para comemorarmos com direito a presente e tudo, pra mim e para o Eric atrasado! Umas graças!

Vejam a montagem que fizemos com os filminhos e as fotos!